Dialogo dos amantes calados
Ela se senta
Pega o leite ainda quente
O despeja no café ardente
Bebe o café
Fica de pé
Sem falar nada
Olha pra mim
E Chora
Grita em silencio
Meu tormento
Não fala nada
Sai pela porta
Calada
Molhada
Mudada
Coloco as mãos na face
E choro
Sem falar nada
Pois em mim não há mais nada
Além de choros e magoas.
Nuno F. Araujo Janeiro de 2007 , Paris, França