Tuesday, April 28, 2009

Naquela casa de gelo que eu construi meu lar,
Daquele campo seco que eu tirei meu sustento,
E daquele corpo sem alma que eu criei meu amor.
Terrenos frageis,
Desejos ambiguos,
e amores perdidos para sempre,
um para sempre que se torna muito curto sem amor,
Para sempre ser, não sermos.
Olhe bem, eu encontrei a cura para aquela doença,
Mas ela ja havia te exaurido,
Foi tarde,
Foi pouco,
e agora eu fico ca,
na minha casa de gelo sob o sol escaldante,
no meu campo seco em chamas
e deitado em lençois ainda com o cheiro daquele corpo sem alma.

Monday, April 13, 2009

Quem me dera,
Poder ser quem eu não fui
Poder ter o que não tive
Poder saber o que não soube
Poder sonhar o que não imaginei
Poder querer o que desejo


Quem me dera,
Ser mais
Mais doce
Mais calmo
Mais sóbrio
Mais feliz
Mais consciente
Mais sapiente

Quem me dera,
Mas não me deram
E eu me contento
Em poder alcançar o que não pude
E ter mais do que não tive
E desejar o novo velho sonho.