Tinha a espanhola naturalizada que morava em baixo,
Tinha o pai divorciado que me falava de seus filhos,
Tinha a dançarina que chegava tarde da noite,
Tinha o casal de cima, parecia que eles não se entendiam,
Tinha o calhorda que gostava de metallica,
Tinha os garotos que faziam barulho,
Tinha o jazzista, a cantora de opera, o sindico, e o casal idoso,
Tinha o estudante de fora meio perdido naquilo tudo,
Sem saber ao certo quem era quem,
Que se confundia com os nomes,
Que era a atração,
Que sentia atração,
Pela dançarinha que chegava tarde, meio bebada e com dinheiro no bolso,
Que sentia pena,
Do pai divorciado que lia a carta dos seus filhos para ele,
Que sentia raiva,
Da espanhola naturalizada que não gostava de como ele se vestia,
Que batia forte no chão,
Pra calar o calhorda que gostava de metallica,
Que ja tomou uns copos,
Com os garotos que faziam barulho,
Que escutava as historias,
Do casal idoso do jazzista e da cantora de opera,
Que se identificava,
com o casal de cima que parecia não se entender, ele os entendia,
Que sentia falta,
De casa, do lar e dela,
E que hoje lembra deles,
Dos casais, das dançarinas, dos velhos, dos garotos , dos musicos e até do calhorda,
Seus vizinhos dos quais ele não lembra o nome.
5 Comments:
..eita vida de extraterrestres!!!!
abraços colega
6:28 AM
A vida é assim...Tem gente que sente falta, tem uns que se esquecem ou se lembram. Que entendem ou deixam subentender... Gostei do seu texto.
Otimo domingo !
Beijos moço...
http://mefaltaumpedacoteu.zip.net
12:01 PM
Gostei da expressão no comentario q fez no meu blog: "o do bodo do borogodo",kkkk...
Valeu!
Ah, vc tem orkut?
Fe´.
Beijos moço.
http://mefaltaumpedacoteu.zip.net
8:12 AM
que vizinhanca, que corre-corre...que desconhecidos conehcidos pela memoria....
muito bom!
sopros d luz =)
=**
11:55 AM
O seu texto me surpreende.
E muito me agrada o trocadilho com as palavras... só o finalzinho que...bom, tbm não me lembro.
11:29 AM
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