Um fechar de olhos se transforma numa forma de viajem, viajem ao que esta distante, as formas , cheiros, sabores e futuros amores, viajem ao que ficou enquanto eu fui, fui longe, tentando encontrar algo que nao sei o que é, nao sei se achei e meu tempo esta a acabar, mas a procura de um objetivo distante se torna proveitosa de outras maneiras, posso nao ter encontrado o que procurava mas encontrei uma nova vida, novos olhos, narizes, bocas , ouvidos, coracoes, saudades, voltei a encontrar um passado saudoso que a vida me fez deixar pra tras, revivi raizes que a muito estavam perdidas, voltei as origens do meu sangue, e encontrei nao so um passado glorioso mas tambem um futuro que me agrada, fui tentando encontrar algo, ou me esquecer de alguem, volto tendo encontrado mais do que procurava e com vontades de me apaixonar por outrem, alguem que me fara so o bem, pois sonha os sonhos que sonho, sonhos grandes de mais para um infante que «nao conhece a vida » sonhos por demais dificeis para alguem « que ainda tem muito a viver », sim tenho muito a viver, mas ja encontrei mais nessa vida do que muitos sequer sonharam em encontrar, encontrei meu passado, meu objetivo, meu coracao, eu mesmo, fecho os olhos e viajo ao passado , ao futuro, e em especial a aqueles labios dançantes que me perseguem noite e dia como um bom samba, sempre alegre, dançante e logo nao tao distante.

Nuno F. Araujo

Janeiro 2008

Viagem Lisboa – Paris.